terça-feira, 27 de abril de 2010

L'Artiste

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Atravessou o país inteiro, viu-o ser reino, república e império. Dos franceses recebeu a melhor das prendas, aplausos, risos, gargalhadas. A voz e elegância em palco notabilizaram-no, perpetuando o seu nome na história da ópera, do teatro, da música e da comédia.
Bendito o dia em que abandonou a casa onde nascera, renegando a vontade do pai para que, seguindo-lhe os passos, se tornasse cirurgião. Bendita a hora em que, chegado a Paris, abraçou fortemente o seu sonho e mergulhou no mundo do espectáculo. Benditos todos os momentos em que da sua pena brotaram peças e libretos, em que do seu timbre e gestos se soltaram da mais tímida à mais atrevida risada do público.
Reformou-se depois de Napoleão se recusar a aumentar-lhe o seu já elevado salário. Viria a morrer no dia 5 de Maio, vinte e um anos depois do Imperador francês. Eis François Elleviou.

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