sábado, 1 de maio de 2010

Das exposições

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Hoje em Shanghai, há mais de século e meio em Londres, inaugurava-se com solenidade uma Exposição Universal.

O plano era mais que ambicioso. Reunir num só lugar, sob uma ampla abóbada de vidro, os progressos industriais de todas as nações. Duplo mérito da Grã-Bretanha, que além de ostentar as suas capacidades técnicas e científicas, mostrava igualmente a capacidade de acolher um mundo inteiro no seu modesto território insular.

Seis milhões. Seis milhões de visitantes que, em 1851, desfilaram por Hyde Park, percorrendo o globo sem abandonar a sombra do arvoredo e as luminosas naves do Palácio de Cristal.

Tal foi o sucesso da Exposição, pioneira, que quatro anos depois se delineava uma outra em Paris. Por cá, o Porto ergueu também o seu palácio, à escala que podia ter, que um pavilhão de desportos substituiu abruptamente

Na Grande Exposição, a indústria dera o mote. Na China de 2010 pensa-se numa melhor cidade que traga melhor vida, sempre com um pé no desenvolvimento sustentável. Entre uma e outra, o mundo mudou. Sinal dos tempos e das vontades, resta esperar que não seja tarde para encontrar o equilíbrio.

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