quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O quê? Mais?

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Estamos perante o melhor e mais prestável serviço público que a televisão portuguesa nos pode oferecer. Porque as modas comandam e agora, mais do que nunca, os vampiros parecem estar em voga, a TVI decidiu responder aos mais fortes anseios dos portugueses, pondo no ar uma série que retrata os profundos dramas do vampiro adolescente.
Não querendo ficar para trás e demonstrando que é igualmente inovadora, também a SIC nos presenteia com o mesmo formato, para que a aflição, compreensível, de só haver uma série sobre jovens vampiros seja aplacada.

Porquê isto? Perguntar-se-á o mais comum dos mortais a quem, tal como eu, custa descortinar a lógica televisiva. Eu explico. Depois de muito pensar, apercebi-me o quão avançados são estes dois canais. Deixando de lado preconceitos e etnocentrismos, decidiram mostrar-nos um grupo que está à margem da sociedade, os vampiros, revelando os amargos dias de um jovem vampiro romântico. Porquê duas séries? Uma não chega, caro leitor, por serem muitos os problemas e complicações enfrentados pelo vampiro adolescente: Quem morder? Como? Será que vou morder bem? Será que vai gostar dos meus dentes? Vai doer? Vai ser bom?
É interessante o que podemos aprender sobre esta minoria social. Em ambas as séries, o jogo favorito da rapaziada é o râguebi e têm, como palco comum, a vila de Sintra (o vampiro é um tipo que gosta da fauna).

Belo fenómeno este, em que as livrarias estão cheias de obras dedicadas ao tema, o cinema vai tendo a sua dose e agora a televisão também reclamou uma quota-parte de vampiros.

Está bem.

E que tal uma proposta difícil? Lua Vermelha e Destino Imortal, descubra as diferenças. Enquanto jogam eu vou ver televisão, está a passar na RTP1 a segunda temporada da série Sangue Fresco.

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